COT & Sempre Saúde

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terça-feira, 25 de março de 2014

DEDO EM GATILHO


É UMA DAS CAUSAS MAIS COMUM DE DOR, EDEMA E PERDA DE FUNÇÃO NAS MÃOS.

É UMA TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DOS TENDÕES FLEXORES DOS DEDOS.
O TENDÃO APRESENTA UMA INFLAMAÇÃO COM AUMENTO DE LÍQUIDO AO REDOR DO MESMO E QUE LEVA AO APARECIMENTO DE UM NÓDULO.
OS TENDÕES FLEXORES SÃO LISOS E PASSAM POR UM TÚNEL CHAMADO BAINHA DO TENDÃO, QUE É FORMADO POR VÁRIAS POLIAS QUE SÃO ESTREITAS. COMO O TENDÃO ENCONTRA-SE EDEMACIADO E COM O NÓDULO, O MESMO ENCONTRA UMA MAIOR RESISTÊNCIA AO PASSAR PELA POLIA A1, OCORRENDO O BLOQUEIO DO TENDÃO EM FLEXÃO.

A CAUSA É IDIOPÁTICA (DESCONHECIDA). MAIS COMUM EM PACIENTES REUMÁTICOS E DIABÉTICOS. ACOMETE MAIS ADULTOS DO SEXO FEMININO.

O DEDO EM GATILHO É CLASSIFICADO, SEGUNDO GREEN, EM 4 GRAUS:
  • GRAU I: PRÉ-GATILHO - DOR E EDEMA SEM BLOQUEIO;
  • GRAU II (ATIVO): DOR, EDEMA E BLOQUEIO, PORÉM CONSEGUE ESTENDER O DEDO ATIVAMENTE;
  • GRAU III (PASSIVO): DOR, EDEMA E BLOQUEIO, PORÉM NÃO CONSEGUE ESTENDER O DEDO ATIVAMENTE;
  • GRAU IV (CONTRATURA): CONTRATURA FIXA DO DEDO EM FLEXÃO.
O TRATAMENTO:
  • CONSERVADOR:
  1.  CONSISTE EM UTILIZAR TALAS PARA USO NOTURNO
     
  2. FISIOTERAPIA DE ALONGAMENTO
  3. USO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS ORAIS
  4. INFILTRAÇÕES DE CORTICÓIDE: NÃO HÁ DIFERENÇA SIGNIFICATIVA ENTRE O USO DE DEXAMETASONA E TRIANCINOLONA, PORÉM ESSA ULTIMA APRESENTA AÇÃO MAIS RÁPIDA.
     
    •  TRATAMENTO CIRÚRGICO: INDICADO NO DEDO EM GATILHO EM PACIENTE QUE FIZERAM USO DO CORTICÓIDE SEM SUCESSO.                   PODE SER PELA VIA ABERTA OU PERCUTÂNEA, ESSAS TÉCNICAS NÃO DIFEREM ENTRE SI, PORÉM APRESENTAM MENORES TAXAS DE RECIDIVAS QUANDO COMPARADA AO USO DO CORTICÓIDE.










terça-feira, 12 de novembro de 2013

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO


O túnel do carpo é a região anatômica do punho formado pelo ligamento transverso do carpo, que é uma banda fibrosa. Pelo seu interior passam além do nervo mediano os tendões flexores superficiais e profundos dos dedos e o tendão flexor longo do polegar.

A síndrome do túnel do carpo (STC) caracteriza-se pela compressão do nervo mediano na área em que este atravessa o carpo através do túnel. A compressão ocorre por diminuição do espaço no interior do canal ou por aumento de volume das estruturas dentro dele.

A incidência na população geral está em torno de 3,8%.
Predominante no sexo feminino.
Maior incidência ocorre entre os 40 e 60 anos de idade.
O acometimento bilateral ocorre na maioria dos pacientes.
O diagnóstico da STC nem sempre é fácil devido ao fato do quadro clínico poder variar muito quanto a duração e intensidade dos sintomas.
A queixa mais comum do paciente é a de dormência ou formigamento e dor na mão. Com piora dos sintomas durante o sono em pacientes que possuem uma postura habitual de dormir à noite mantendo o punho flexionado. algumas vezes os sintomas (dor e parestesia) atingem até o ombro.
Podem haver queixas de quedas de objetos da mão ou dificuldade de manipular pequenos objetos, devido a diminuição da sensibilidade.
Como consequência podem haver atrofias musculares nas mãos.

Para o diagnóstico existem os testes provocativos dos sintomas, são eles o teste de Tinel e o de Phalen.



Pode ser realizado teste de força da mão com dinamômetro de preensão palmar e digital.
Os exames complementares são:
Eletroneuromiografia, para avaliar a condução nervosa.

Ultrasonografia do punho para avaliar o abaulamento do LTC e mensurar o nervo mediano.

Ressonância Magnética, deve ser solicitada quando existe suspeita de STC secundária a uma neoplasia, artrite, anomalias congênitas, etc.

O tratamento deve ser individualizado para cada tipo de paciente. O tratamento conservador deve ser sempre o de escolha, salvo na presença de atrofia ou negativa do paciente por esta opção.
Correção dos distúrbios hormonais
Correção da postura inadequada do punho em atividades diárias.
Uso de órtese para o punho e posição neutra impedindo sua flexão durante a noite.

Uso de infiltrações de corticosteróides no túnel do carpo.

Uso de técnicas de fisioterapia.
Uso de antiinflamatórios oral.
Uso de vitaminas do complexo B.

O tratamento cirúrgico consiste na descompressão do nervo mediano realizando um corte do ligamento transverso do carpo. Pode ser utilizada a técnica convencional ou por via endoscópica.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

OSTEOFITOSE OU BICO DE PAPAGAIO



É uma doença caracterizada pelo crescimento anormal de tecido ósseo nas vértebras da coluna (cervical, torácica e lombar) devido a sobrecarga sobre as articulações e como mecanismo de defesa do organismo para equalizar as cargas sobre a articulação entre as vértebras.
Os osteófitos podem aparecem em outras articulações do corpo humano, como por exemplo no quadril, joelho, ombro, etc. Porém é mais comum na coluna vertebral.

Aparece principalmente após os 50 anos de idade e em pessoas com predisposição genética, má postura, obesidade e sedentarismo. Pode aparecer antes dos 50 anos em raros indivíduos, principalmente aqueles com antecedente de traumas na coluna e/ou doenças reumáticas.

Os sintomas iniciais são dores na região afetada e sensação de queimação. Os sintomas mais tardios são dor intensa, limitação de movimentos, perda da força e sensibilidade.

O diagnóstico é feito pelo exame físico e com um simples RX da coluna vertebral. Em caso mais severos, existe a necessidade de realizar uma Tomografia ou Ressonância para uma melhora avaliação, pois o bico de papagaio pode em casos avançados realizar compressão da raiz nervosa emergente entre as vertebras e provocar fortes dores incapacitantes.


Não existe um tratamento específico para a osteofitose, já que esta patologia é irreversível. O tratamento consiste em mudanças no estilo de vida (diminuir a sobrecarga na coluna, diminuição do peso corporal, pratica de exercícios físicos com orientação, boa postura) e tratamento com fisioterapia, hidroterapia, acumputura, etc.



O emprego de anti-inflamatórios e analgésicos estão indicados nas crises, porém devem ser utilizados com orientação médica.

Em casos graves onde possam existir um desvio severo da coluna ou com comprometimento neurológico pode ser necessário intervenção cirúrgica.

DICAS:
- Pratique esportes com frequência sob orientação para manter uma boa postura;
- Lembre-se que a osteofitose não aparece da noite para o dia, e sim ao longo dos anos;
- Evite obesidade;
- Evite mal posicionamento na hora de dormir, e cuidado com o tipo de colchão, escolha os ortopédicos;
- Evite uso de mochilas e bolsas com mais de 10% do seu peso corporal;
- Evite recolher coisas do chão envergando a coluna, se agache.



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sindrome de Osgood-Schlatter


É uma doença osteo-muscular, caracterizada por dor no joelho na inserção do tendão patelar na tuberosidade anterior da tíbia (TAT). comum nos adolescentes, com predomínio no sexo masculino (3:1) da faixa etária entre os 10 e 15 anos de idade.
Caracterizada por uma inflamação na fise de crescimento por provável uso excessivo sobre o tendão e microtraumas à repetição.
O quadro clínico consiste em DOR insidiosa no joelho afetado, localizada na tuberosidade da tíbia (TAT) que piora com atividades físicas e melhora com o repouso. Pode apresentar aumento de volume no local.
É uma doença auto limitada, e os sintomas podem durar de semanas a anos.
O diagnóstico é clínico e radiológico (RX e/ou Ressonância).
O tratamento consiste em crioterapia (3x ao dia), anti inflamatório oral e/ou tópico, fisioterapia e repouso. Em raros casos pode existir a possibilidade de tratamento cirúrgico com a retirada do ossículo livre no tendão patelar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tendinopatia Patelar


O tendão de Patelar é um local comúm de lesão principalmente em atletas de esportes que envolvem saltos, como vôlei, basquete, futebol, atletismo, etc.

O tendão Patelar é uma estrutura de tecido conjuntivo que liga a patela (rótula) à tíbia, e é responsável pela extensão da perna.

A tendinopatia Patelar surge devido a sobrecarga excessiva, provocando dor na região anterior do joelho logo abaixo da patela. Esta sobrecarga (microtraumas) provoca lesões celulares no tendão, produzindo alterações degenerativas (tendinose) que podem ser acompanhadas ou não de calcificações. Em fases mais avançadas desta doença a lesão pode provocar uma ruptura do tendão por enfraquecimento, que pode ser parcial ou total.

A sua prevalência relativamente elevada, a limitação funcional subsequente e a sua evolução natural para a cronicidade, são frequentemente responsáveis pelo compromisso gravoso para a carreira desportiva de alguns atletas de alta competição.

Os exames utilizados para o melhor diagnóstico é a Ultrassonografia e a Ressonância. O diagnóstico de tendinopatia do patelar é eminentemente clínico, feito por exame físico detalhado.



Nem calçados nem palmilhas são comprovadamente eficazes na prevenção da tendinopatia patelar.

Fatores extrínsecos, como tipo de superfície do solo, erros de treinamentos, condições ambientais e equipamento inadequado, podem favorecer o aparecimento de lesões por sobrecarga.
Vários fatores intrínsecos têm sido postulados como causas da tendinopatia patelar, incluindo o mau alinhamento patelar, a patela alta, a frouxidão do tendão patelar e a falta de flexibilidade.
Ainda não está muito claro como os fatores intrínsecos e extrínsecos atuam no desenvolvimento da tendinopatia patelar.

A tendinopatia patelar apresenta-se como dor anterior do joelho bem localizada, relacionada com atividade física.

O tratamento inicial deve ser sempre de carácter conservador (repouso, fisioterapia e crioterapia) e orientado para  a sintomatologia subjectiva do atleta, e pode levar até 6 meses.
Obs.: O gelo não deve ser usado antes de atividades esportivas, pois pode mascarar a dor da tendinopatia.
Outros tratamentos são:
  • Anti-inflamatórios (o uso é controverso)
  • O uso de corticosteróides, seja por injeção local ou através de iontoforese, também é controverso, uma vez que injeção direta da droga pode inibir a síntese de colágeno, causar morte celular e reduzir a força necessária para a ruptura. Os efeitos a longo prazo do uso de corticosteróides são menos favoráveis que a curto prazo. Fonte: Revista Brasileira de Ortopedia);

  • O tratamento pelas ondas de choque extracorpóreas é considerado como terapia de sucesso como medida a adotar nas tendinopatias crônicas. O uso de ondas de choque em tendinopatia crônica do patelar foi bem evidenciado por recente estudo, em que a tendinopatia crônica foi definida como dor recorrente e mudanças degenerativas do tendão de ocorrência por no mínimo seis meses. Os autores concluíram que essa terapia foi mais efetiva e segura que o tratamento conservador convencional nos pacientes com tendinopatia crônica patelar.Fonte: Revista Brasileira de Ortopedia.

  • A cirurgia da tendinopatia patelar crônica geralmente apresenta, em média, 75 a 85% de bons resultados, mas essa percentagem varia de 40 a 100%. Os resultados clínicos pós-cirúrgicos podem ser maus em 15 a 25%, devido à recorrência e à persistência da dor. Além disso, muitos atletas não serão capazes de retornar ao esporte no mesmo nível esportivo prévio à lesão. Fonte: Revista Brasileira de Ortopedia.

domingo, 30 de outubro de 2011

Tendinite Calcárea do Ombro


Causa comum de consultas no consultório de ortopedia.
A tendinite é uma inflamação dos tendões que compõe o ombro (supra-espinal, infra-espinal, subescapular e redondo menor) e que são responsáveis pela estabilidade do ombro.
A tendinite calcárea consiste em depósitos de cálcio dentro do tendão, a causa ainda é desconhecida. Uma das teorias mais aceita é que a inflamação do tendão atrai o depósito de cálcio, o que provoca mais inflamação e maior atração de cálcio. O portador de tendinite calcárea pode chegar a ter verdadeiras "pedras" dentro do ombro.

O tendão mais acometido é o supra-espinal.
Esta doença atinge pessoas após os 30 anos, e atinge mais as mulheres que os homens.
Não tem relação aparente com exercício físico ou trabalho, atinge tanto o atleta quanto o sedentário.
Provoca dor intensa com limitação funcional importante, que pode levar meses para desaparecer. A dor aumenta principalmente com o movimento de elevação do membro superior.
Para o diagnóstico, na maioria dos casos, basta um simples Rx, podem também ser realizados ultrassonografia ou ressonância magnética nuclear.
O tratamento desta patologia na maioria dos casos é conservador:
§  Fisioterapia;
§  Crioterapia (gelo);
§  Antiinflamatórios não hormonais (uso controverso);
§  Infiltrações (uma a cada três semanas, e não mais do que três) (melhora a inflamação e dor, porém não retira a calcificação);
§  TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE RADIAL (índice de sucesso de 80% para a dor e 75% para a calcificação);
§  Cirurgia (aberta ou por artroscopia).

A terapia por onda de choque (TOC) só está indicada nos casos em que os tratamentos “conservadores” falharam.








Realizado 3 seções semanais e após
70 dias houve o desaparecimento da
calcificação.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Fascíte Plantar com ou sem esporão.



A fascíte plantar é uma inflamação da fascia plantar (estrutura que recobre a região plantar do pé desde o calcâneo até a base dos dedos) produzida por microtraumas de repetição.
Esta inflamação produz o Esporão de Calcâneo por depósito de cálcio na inserção da fascia no calcâneo, o que produz um ciclo vicioso, quanto mais inflamação maior o depósito de cálcio – maior o esporão.

O esporão NÃO dói, o que dói é a inflamação da fascia.
As causas são: obesidade, deformidade dos pés (exemplo, pé plano), distúrbios posturais, tipos de calçados inadequados (alto ou baixo demais) e sobrecarga (corredores , saltadores e pessoas que passam muito tempo em pé).
A fascíte plantar produz uma dor intensa, principalmente ao acordar ou após longos períodos de repouso. Alguns portadores desta doença relatam uma sensação de pisar em pregos ao pisar pela manhã.
Esta doença afeta cerca de 10% da população.
Os tratamentos são:
§  Mudança do tipo de calçado (Usaflex);
§  Utilização de palmilhas de silicone;
§  Crioterapia (Gelo);
§  Alongamentos;
§  Fisioterapia;
§  TERAPIA POR ONDA DE CHOQUE RADIAL (índice de sucesso entre 54-85%);
§  Infiltração com corticóide (melhora a dor, porém não retira a causa);
§  Cirúrgico (índice de sucesso entre 37-60%).

A TOC está indica nos casos que os tratamentos conservadores falham, após um período de 3 a 6 meses.
Apenas 5% dos pacientes não melhoram com o tratamento conservador e estes tem indicação para a utilização da TOC.

DICA:
Troque o calçado e utilize palmilhas de silicone que podem ser encontradas em lojas especializadas em produtos ortopédicos.
Pegue uma garrafa pet de 500ml, coloque aguá e ponha no freezer, faça exercicios de rolamento (dos dedos até o calcanhar) por um periodo de 30 minutos 3 vezes por dia.
Caso não tenha melhora, procure o seu médico ortopedista.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Chega à Caruaru uma nova tecnologia para o tratamento da dor crônica na Tendinite, Bursite e Esporão de Calcâneo.


Terapia por Onda de Choque Radial

Este tratamento é indicado para lesões crônicas, calcificações e tendinites de inserção.
Se baseia na atuação de ondas de alta energia acústica que estimula a regeneração do tecido inflamatório e diminuição da dor por depleção de substancia P na pre-sinápse.
Está indicada (TOC) no tratamento dos casos crônicos, que já realizaram diversos tratamentos anteriores (medicamentos, fisioterapia e cirurgia) sem melhora do quadro álgico.
A eficácia atinge 85% dos pacientes.
As indicações são:
  • Tendinite do ombro com ou sem calcificação;
  • Bursite do ombro e do quadril;
  • Tendinite patelar e do Aquiles;
  • Fascite Plantar com ou sem esporão (esporão de calcâneo);
  • Pseudoartrose (não consolidação das fraturas);
  • Epicondilite lateral e medial (cotovelo do tenista e do golfista);
  • Feridas e Úlceras crônicas;
  • entre outras patologias.
Vantagens:
  • Não invasiva;
  • Indolor;
  • Sem internamento;
  • Sem anestesia;
  • Não é um procedimento cirurgico;
  • Retorno as atividades cotidianas no mesmo dia.