COT & Sempre Saúde

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO


O túnel do carpo é a região anatômica do punho formado pelo ligamento transverso do carpo, que é uma banda fibrosa. Pelo seu interior passam além do nervo mediano os tendões flexores superficiais e profundos dos dedos e o tendão flexor longo do polegar.

A síndrome do túnel do carpo (STC) caracteriza-se pela compressão do nervo mediano na área em que este atravessa o carpo através do túnel. A compressão ocorre por diminuição do espaço no interior do canal ou por aumento de volume das estruturas dentro dele.

A incidência na população geral está em torno de 3,8%.
Predominante no sexo feminino.
Maior incidência ocorre entre os 40 e 60 anos de idade.
O acometimento bilateral ocorre na maioria dos pacientes.
O diagnóstico da STC nem sempre é fácil devido ao fato do quadro clínico poder variar muito quanto a duração e intensidade dos sintomas.
A queixa mais comum do paciente é a de dormência ou formigamento e dor na mão. Com piora dos sintomas durante o sono em pacientes que possuem uma postura habitual de dormir à noite mantendo o punho flexionado. algumas vezes os sintomas (dor e parestesia) atingem até o ombro.
Podem haver queixas de quedas de objetos da mão ou dificuldade de manipular pequenos objetos, devido a diminuição da sensibilidade.
Como consequência podem haver atrofias musculares nas mãos.

Para o diagnóstico existem os testes provocativos dos sintomas, são eles o teste de Tinel e o de Phalen.



Pode ser realizado teste de força da mão com dinamômetro de preensão palmar e digital.
Os exames complementares são:
Eletroneuromiografia, para avaliar a condução nervosa.

Ultrasonografia do punho para avaliar o abaulamento do LTC e mensurar o nervo mediano.

Ressonância Magnética, deve ser solicitada quando existe suspeita de STC secundária a uma neoplasia, artrite, anomalias congênitas, etc.

O tratamento deve ser individualizado para cada tipo de paciente. O tratamento conservador deve ser sempre o de escolha, salvo na presença de atrofia ou negativa do paciente por esta opção.
Correção dos distúrbios hormonais
Correção da postura inadequada do punho em atividades diárias.
Uso de órtese para o punho e posição neutra impedindo sua flexão durante a noite.

Uso de infiltrações de corticosteróides no túnel do carpo.

Uso de técnicas de fisioterapia.
Uso de antiinflamatórios oral.
Uso de vitaminas do complexo B.

O tratamento cirúrgico consiste na descompressão do nervo mediano realizando um corte do ligamento transverso do carpo. Pode ser utilizada a técnica convencional ou por via endoscópica.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

OSTEOFITOSE OU BICO DE PAPAGAIO



É uma doença caracterizada pelo crescimento anormal de tecido ósseo nas vértebras da coluna (cervical, torácica e lombar) devido a sobrecarga sobre as articulações e como mecanismo de defesa do organismo para equalizar as cargas sobre a articulação entre as vértebras.
Os osteófitos podem aparecem em outras articulações do corpo humano, como por exemplo no quadril, joelho, ombro, etc. Porém é mais comum na coluna vertebral.

Aparece principalmente após os 50 anos de idade e em pessoas com predisposição genética, má postura, obesidade e sedentarismo. Pode aparecer antes dos 50 anos em raros indivíduos, principalmente aqueles com antecedente de traumas na coluna e/ou doenças reumáticas.

Os sintomas iniciais são dores na região afetada e sensação de queimação. Os sintomas mais tardios são dor intensa, limitação de movimentos, perda da força e sensibilidade.

O diagnóstico é feito pelo exame físico e com um simples RX da coluna vertebral. Em caso mais severos, existe a necessidade de realizar uma Tomografia ou Ressonância para uma melhora avaliação, pois o bico de papagaio pode em casos avançados realizar compressão da raiz nervosa emergente entre as vertebras e provocar fortes dores incapacitantes.


Não existe um tratamento específico para a osteofitose, já que esta patologia é irreversível. O tratamento consiste em mudanças no estilo de vida (diminuir a sobrecarga na coluna, diminuição do peso corporal, pratica de exercícios físicos com orientação, boa postura) e tratamento com fisioterapia, hidroterapia, acumputura, etc.



O emprego de anti-inflamatórios e analgésicos estão indicados nas crises, porém devem ser utilizados com orientação médica.

Em casos graves onde possam existir um desvio severo da coluna ou com comprometimento neurológico pode ser necessário intervenção cirúrgica.

DICAS:
- Pratique esportes com frequência sob orientação para manter uma boa postura;
- Lembre-se que a osteofitose não aparece da noite para o dia, e sim ao longo dos anos;
- Evite obesidade;
- Evite mal posicionamento na hora de dormir, e cuidado com o tipo de colchão, escolha os ortopédicos;
- Evite uso de mochilas e bolsas com mais de 10% do seu peso corporal;
- Evite recolher coisas do chão envergando a coluna, se agache.



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sindrome de Osgood-Schlatter


É uma doença osteo-muscular, caracterizada por dor no joelho na inserção do tendão patelar na tuberosidade anterior da tíbia (TAT). comum nos adolescentes, com predomínio no sexo masculino (3:1) da faixa etária entre os 10 e 15 anos de idade.
Caracterizada por uma inflamação na fise de crescimento por provável uso excessivo sobre o tendão e microtraumas à repetição.
O quadro clínico consiste em DOR insidiosa no joelho afetado, localizada na tuberosidade da tíbia (TAT) que piora com atividades físicas e melhora com o repouso. Pode apresentar aumento de volume no local.
É uma doença auto limitada, e os sintomas podem durar de semanas a anos.
O diagnóstico é clínico e radiológico (RX e/ou Ressonância).
O tratamento consiste em crioterapia (3x ao dia), anti inflamatório oral e/ou tópico, fisioterapia e repouso. Em raros casos pode existir a possibilidade de tratamento cirúrgico com a retirada do ossículo livre no tendão patelar.