COT & Sempre Saúde

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tendinopatia Patelar


O tendão de Patelar é um local comúm de lesão principalmente em atletas de esportes que envolvem saltos, como vôlei, basquete, futebol, atletismo, etc.

O tendão Patelar é uma estrutura de tecido conjuntivo que liga a patela (rótula) à tíbia, e é responsável pela extensão da perna.

A tendinopatia Patelar surge devido a sobrecarga excessiva, provocando dor na região anterior do joelho logo abaixo da patela. Esta sobrecarga (microtraumas) provoca lesões celulares no tendão, produzindo alterações degenerativas (tendinose) que podem ser acompanhadas ou não de calcificações. Em fases mais avançadas desta doença a lesão pode provocar uma ruptura do tendão por enfraquecimento, que pode ser parcial ou total.

A sua prevalência relativamente elevada, a limitação funcional subsequente e a sua evolução natural para a cronicidade, são frequentemente responsáveis pelo compromisso gravoso para a carreira desportiva de alguns atletas de alta competição.

Os exames utilizados para o melhor diagnóstico é a Ultrassonografia e a Ressonância. O diagnóstico de tendinopatia do patelar é eminentemente clínico, feito por exame físico detalhado.



Nem calçados nem palmilhas são comprovadamente eficazes na prevenção da tendinopatia patelar.

Fatores extrínsecos, como tipo de superfície do solo, erros de treinamentos, condições ambientais e equipamento inadequado, podem favorecer o aparecimento de lesões por sobrecarga.
Vários fatores intrínsecos têm sido postulados como causas da tendinopatia patelar, incluindo o mau alinhamento patelar, a patela alta, a frouxidão do tendão patelar e a falta de flexibilidade.
Ainda não está muito claro como os fatores intrínsecos e extrínsecos atuam no desenvolvimento da tendinopatia patelar.

A tendinopatia patelar apresenta-se como dor anterior do joelho bem localizada, relacionada com atividade física.

O tratamento inicial deve ser sempre de carácter conservador (repouso, fisioterapia e crioterapia) e orientado para  a sintomatologia subjectiva do atleta, e pode levar até 6 meses.
Obs.: O gelo não deve ser usado antes de atividades esportivas, pois pode mascarar a dor da tendinopatia.
Outros tratamentos são:
  • Anti-inflamatórios (o uso é controverso)
  • O uso de corticosteróides, seja por injeção local ou através de iontoforese, também é controverso, uma vez que injeção direta da droga pode inibir a síntese de colágeno, causar morte celular e reduzir a força necessária para a ruptura. Os efeitos a longo prazo do uso de corticosteróides são menos favoráveis que a curto prazo. Fonte: Revista Brasileira de Ortopedia);

  • O tratamento pelas ondas de choque extracorpóreas é considerado como terapia de sucesso como medida a adotar nas tendinopatias crônicas. O uso de ondas de choque em tendinopatia crônica do patelar foi bem evidenciado por recente estudo, em que a tendinopatia crônica foi definida como dor recorrente e mudanças degenerativas do tendão de ocorrência por no mínimo seis meses. Os autores concluíram que essa terapia foi mais efetiva e segura que o tratamento conservador convencional nos pacientes com tendinopatia crônica patelar.Fonte: Revista Brasileira de Ortopedia.

  • A cirurgia da tendinopatia patelar crônica geralmente apresenta, em média, 75 a 85% de bons resultados, mas essa percentagem varia de 40 a 100%. Os resultados clínicos pós-cirúrgicos podem ser maus em 15 a 25%, devido à recorrência e à persistência da dor. Além disso, muitos atletas não serão capazes de retornar ao esporte no mesmo nível esportivo prévio à lesão. Fonte: Revista Brasileira de Ortopedia.